quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Abreiro - I Feira do Figo e do Património

Quem pretende conhecer um pouco do concelho de Mirandela deve aproveitar as oportunidades que se proporcionam para ir ao encontro dos locais, dos espaços, quem sabe das tradições e formas de viver das pessoas. Foi um pouco isso que me levou a ira a Abreiro aquando da realização da I Feira do Figo e do Património.
Abreiro fica no extremo sul do concelho de Mirandela, em fronteira com Carrazeda de Ansiães e Murça. Pela sua posição geográfica é um dos locais onde passo frequentemente, mas onde nem sempre paro para olhar com tempo tudo o que a aldeia ( e freguesia) tem para oferecer.
Não sou propriamente apreciador de figos e tenho para com o figo a mesma posição dos outros frutos. Como transmontano e pessoa do campo, a fruta que me sabe bem é aquela que colho da árvore, ou planta. Nada se compara a uma cereja comida da cerejeira ou a um figo "roubado" da figueira.
Aproveitei o Sábado para visitar a aldeia e até mostrar algum património que já conhecia de visitas anteriores. Abreiro foi, como muitos sabem, sede de concelho até 1962, mas os vestígios arqueológicos mostram que já tinha algum relevo alguns milhares de anos antes de Cristo (anta de Arçã) ou na ocupação Romana (Poço dos Mouros).
Mesmo dentro da aldeia pode-se apreciar o belo Pelourinho (imóvel de interesse publico) e o interessantíssimo cruzeiro mandado edificar em 1735. Conheço também uma casa brasonada, alminhas e algumas construções interessantes, das mais abastadas, às mais humildes. Abreiro está edificada num cabeço com base granítica e, quer  as ruas, quer as casas, foram condicionadas pela dureza desta matéria prima, difícil de derrubar, mas que dá às construções uma grande vida útil que as trouxe até aos nossos dias. Também existe algum xisto.
 No sábado o recinto da feira já se encontrava bastante composto, notando-se algumas "falhas" na ocupação dos postos de venda.
No domingo a afluência foi maior em todos os aspectos. Os vendedores aproveitaram a oportunidade de mostrarem e venderem os seus produtos; os compradores aproveitaram o "dia do Senhor" para passearem por Abreiro e comprarem algum dos produtos expostos; os senhores "importantes" da aldeia (e do concelho) aproveitaram a presença dos vendedores, compradores, turistas e jornalistas para marcarem presença e mostrarem que são pessoas preocupadas com o bem-estar e desenvolvimento das populações.
Inscrevi-me no Passeio Pedestre. Sempre que posso tenho participado nos passeios pedestres realizados no concelho de Mirandela. A pé é a melhor forma de descobrir o concelho.
O passeio pedestre ocupou-me desde as 9 da manhã até meio da tarde de domingo, o que me impediu de acompanhar de perto outras atividades que desenvolveram em paralelo, como a inauguração do museu Dr. Américo Rodrigues e das Provas de Trabalho do Cão Coelheiro e do Podengo.
Ao longo de cerca de 7 km o passeio pedestre percorreu alguns locais de interesse do termo da aldeia: O cruzeiro, o Pelourinho, a "calçada romana", as famosas ruínas da "Ponte do Diabo", o rio Tua, uma azenha em recuperação e as ruínas da capela de Sta Catarina, situadas no alto de um morro conhecido por Poço dos Mouros. Embora eu gostasse de uma visita mais demorada, de exploração, acompanhei o grupo de caminheiros, como mandam as regras. Tenho vontade de voltar aos locais, porque fiquei com a ideia que deixei muito por ver.
O almoço aconteceu na Casa do Povo, tendo como prato principal uma substancial e saborosa feijoada.
Depois do almoço aproveitei para visitar o inaugurado museu, no rés do chão do mesmo edifício, mas deixarei algumas palavras sobre essa visita para outra altura. O recinto da feira estava a fervilhar de gente e não faltavam figos, fumeiro, queijos, azeite, doçaria, artesanato e mais produtos da terra, bonitos e biológicos, como não é possível encontrar na maior parte das superfícies comerciais dos grandes centos.
Depois de comprar alguns produtos, regressei a casa, cansado e com alguns géneros daqueles que apetece comer de imediato. Passei o resto da tarde a saborear "Abreiro" e a pensar na belíssima ideia que tiveram os organizadores do evento. Estão de parabéns!
Espero voltar a Abreiro, se não for antes, que seja na II Feira do Figo e do Património.

Nota: a I Feira do Figo e do Património realizou-se em Abreiro (Mirandela) nos dias 20 e 21 de setembro de 2014.

terça-feira, 18 de março de 2014

Mirandela

Vista parcial de Mirandela sob um céu de medronhos.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

À Descoberta de Barcel

 Não há melhor maneira de conhecer o concelho do que percorrer os locais,  visitar as aldeias, desbravar os caminhos, a pé. Foi isso o que aconteceu no dia 8 de fevereiro, em Barcel.
O Município organiza, com frequência, passeios pedestres por montes e vales que podem ser feitos por todos, mediante inscrição prévia. A minha vontade era participar em todos mas nem sempre é possível. Por isso foi com satisfação que me dirigi a Barcel para fazer um percurso pedestre.
A aldeia de Barcel não era totalmente desconhecida para mim. Lembro-me de, em adolescente, atravessar o rio Tua numa balsa vindo de Ribeirinha, para fazer uma partida de futebol em Barcel. Mais recentemente, há cerca de um ano, fiz um curto passeio pela aldeia e tirei algumas fotografias.
Estava previsto percorrer 9 km, sendo a caminhada de grau Difícil. Não sei se foi o grau de dificuldade ou se foi o instabilidade das condições atmosféricas, fiquei com a ideia de que o número dos participantes não chegava ao de outros eventos no género. Só contam os que aparecem.
Afinal o tempo até não esteve mau, com ameaça de chuva mas deu para fazer todo o percurso sem problemas.
 A concentração aconteceu no centro da aldeia. A primeira etapa foi uma visita ao local de Longra, local onde por ventura muitos dos caminhantes nunca tinham estado.
Durante algum deslocámo-nos próximo do rio Tua para jusante mas rapidamente entrámos em terreno de forte inclinação. A paisagem não estava muito atrativa, mais pelas condições atmosféricas e pela estação do ano, porque acredito que noutra altura do ano valerá bem a pena fazer o mesmo percurso.
Não foi preciso andar muito para chegarmos ao ponto mais alto da caminhada. Percebi, mais tarde, que cortaram alguns quilómetros à caminhada prevista.
Ainda pensei que fossemos subir ao marco geodésico de Longra, mas apenas passámos perto.
Entrámos no percurso descendente já em direção a Barcel. Visitámos o cruzeiro e as alminhas, onde se voltou a concentrar todo o grupo.
Seguimos depois para a igreja matriz, onde tive muito gosto em entrar. Já tinha estado no adro, mas nunca tinha entrado.
O grupo deslocou-se depois para o salão da freguesia onde chegámos ainda bastante cedo, mas já com vontade de comer alguma coisa.
Foi servida uma canja de galinha, bastante saborosa. Havia também variadas sandes, folar de carne, bolos, fruta, sumo e vinho.
depois de aconchegado o estômago, ainda houve "coragem" para alguns passos de dança, antes do autocarro anunciar o regresso a Mirandela.
Como me desloquei em carro próprio para Barcel, aproveitei para dar mais um passeio pelas principais ruas, mas como disso no início, as condições atmosféricas não eram as melhores para fazer fotografias.
As pessoas de Barcel receberam-nos muito bem e a aldeia é bastante simpática, implantada numa zona ribeirinha muito bonita que será muito interessante continuar a visitar no futuro. Até lá, ficam algumas fotografias do dia 8.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Cedães

Cedães é uma freguesia portuguesa do concelho de Mirandela, com 25,34 km² de área e 338 habitantes (2011). Densidade: 13,3 hab/km².
Património cultural edificado: Igreja Matriz; Capela de Nossa Senhora de Fátima; Igreja de Vale do Lobo; Igreja de Vila Verdinho; Fontanário Romano, Varias Alminhas; Cruzeiro do divino Espírito Santo; Fonte do Mergulho em Vila Verdinho, Vale do Lobo e Cedães, Fonte Bolante com vestígios Romanos.
Património Paisagístico: Vista da Pala do Carneiro
Festas e Romarias: Stº Ildefonso (2º domingo de Agosto); S. Gonçalo (entre 13 e 15 de Agosto) e de S. Gens (Agosto)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A vitória da Alheira de Mirandela

A Alheira de Mirandela só pode ser produzida a partir de agora no concelho de origem, uma ambição antiga dos produtores locais que se concretiza com a atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao enchido tradicional.
O novo estatuto foi autorizado pela Comissão Europeia e confirmado pelo Governo português no despacho do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Gomes da Silva, publicado a 3 de Julho em Diário da República.
A partir de agora o nome Alheira de Mirandela é de uso exclusivo dos produtores do concelho, como Pedro Caldeira, que vê nesta certificação “uma mais-valia para a economia local” e o resultado de “uma luta pela defesa da região, do produto e do bom nome dos produtores”.
Desde 1996 que este enchido tem protecção de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), mas o nome da “Alheira de Mirandela podia ser usado e o produto fabricado em qualquer parte”, como recordou aquele produtor.
A IGP limita a produção ao concelho e “vai acabar com as falsificações, em que muitas vezes o produto era apresentado ao consumidor dizendo que era de Mirandela, na realidade não sendo”, afiançou.
Pedro Caldeira é gerente de uma das maiores empresas da Alheira de Mirandela, a Topitéu, criada em 1982 pelo agrupamento de três pequenos produtores.
Este produtor faz chegar a Alheira de Mirandela a 11 países, com as exportações a representarem 20% da facturação anual de “três milhões de euros”, em que se incluem também outros enchidos e 40 postos de trabalho.
Há mais de sete anos que a Associação Comercial e Industrial de Mirandela tinha requerido a IGP agora alcançada.
A Lusa tentou contactar, sem sucesso, o presidente daquele organismo, Jorge Morais.
Já para o presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, esta certificação “é fundamental para o futuro da alheira”, um dos produtos regionais com maior peso económico no concelho, que movimenta 28 milhões de euros anualmente e emprega 550 pessoas.
Segundo o autarca, actualmente existem, em Mirandela, sete produtores certificados para a confecção da alheira, mas o novo estatuto, acredita, “pode ser o impulso para a união e para outros aderirem”.
António Branco assegurou que a IGP “é uma forma de garantir que a Alheira de Mirandela é apenas produzida no concelho e uma forma de proteger a qualidade” do enchido.

Fonte do Texto: Público  Lusa 10/07/2013 - 17:06

sábado, 29 de junho de 2013

Pelourinho de Abreiro

Dos tempos em que Abreiro era um importante município do nordeste transmontano, conserva um Pelourinho quinhentista erguido sobre um soco de três degraus quadrangulares, sendo o primeiro de altura irregular para corrigir o desnível do terreno. A base,  tronco-piramidal de secção octogonal, apresenta faces irregulares com o rebordo saliente. A coluna, de fuste oitavado liso, é encimada por um capitel de quatro faces onde se observam as armas de Portugal além de outros emblemas ilegíveis. O remate é constituído por uma pirâmide que sustenta uma esfera.
Época de Construção - Séc. XVI
Cronologia
1514 — D. Manuel concede foral novo, na sequência do qual se deve ter construído o Pelourinho;
1962 — Queda do pelourinho e sua reconstrução.
Acesso
EN 314, a 14 km de Vila Flor. Fica num pequeno largo da aldeia, a alguns metros da estrada nacional, do lado esquerdo no sentido de Vila Flor.
Proteção
Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933.
Fonte:  Carlos Pinheiro © 2000

quinta-feira, 27 de junho de 2013

À Procura dos Morangos - Fotografias 2

Sob os rochedos havia um antigo lagar de vinho, antigo e que continua operacional.
Segundo conjunto de fotografias do Passeio Pedestre realizado no dia 11 de Maio, em São Pedro Velho, integrado na V Feira dos Morangos e Vinho.
Caixas de morangos apanhados pelos participantes na caminhada num morangal de S. Pedro Velho.

Pausa para recuperar forças.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

À Procura dos Morangos - Fotografias 1

Uma das subidas (muito ligeiras) do percurso
Conjunto de fotografias referentes à caminha que teve lugar entre Vilar de Ouro e S. Pedro Velho, integrada na V Feira dos Morangos e Vinho de S. Pedro Velho.
Pão e bolas feitas num forno de lenha e consumidas pelos participantes na caminhada, acompanhadas de compota de framboesa (também produto da terra).
Morangos prontos para irem para o mercado. Os frutos são de boa qualidade e têm uma boa saída. Estes destinavam-se a serem vendidos na zona do Grande Porto.
Produtos numa das barraquinhas da feira. No caso produtos da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela. Azeite, vinho e queijo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

À Procura dos Morangos

Já algum tempo que pretendia "iniciar-me" nas atividades de Mirandela. É uma cidade muito dinâmica, num concelho cheio de beleza, de vida e de contrastes. A minha primeira atividade integrado num grupo aconteceu no dia 11 de Maio, em S. Pedro Velho. A caminhada chamou-se "À Procura dos Morangos" e estava integrada na V Feira dos Morangos e Vinho de S. Pedro Velho.
O concelho de Mirandela é muito grande e desconheço a grande parte das freguesias. S. Pedro Velho não me dizia nada, mas isso era mais um incentivo à minha participação.
Fiz a minha inscrição pelo telefone, com a maior das facilidades.
No dia 11 perto das 9 da manhã cheguei a Mirandela. Fiquei admirado pela quantidade de gente que ia participar na caminhada e também pela faixa etária da mesma, havia muitos jovens. Percebi mais tarde que algumas pessoas não eram muito adeptos das caminhadas, mas estavam motivados pelos morangos.
A segunda surpresa foi a distância que foi preciso percorrer para chagar ao local de início da caminhada e a terceira foi o relevo. Não estava à espera de encontrar um área agreste, com grandes blocos de granito mais ao estilo da Terra Fria do que da Terra Quente. Por isso é que é bom visitar estes locais, porque aprendemos bastante.
A organização da caminhada esteve muito bem, foi complicado conseguir transporte para toda a gente até S. Pedro Velho.
A caminhada iniciou-se em Vilar D'Ouro, aldeia anexa a S. Pedro Velho. Partimos de junto da capela de S. Gonçalo, visitámos uma fonte de mergulho e um forno de cozer o pão.
Conhecia três participantes de outras caminhadas, mas não me foi difícil estabelecer diálogo com outras pessoas. Gosto, preferencialmente, de me juntar a pessoas da localidade, para desta forma saber mais informações dos locais por onde passamos, mas a grande parte dos participantes também pouco conhecia da freguesia.
Visitámos um curioso lagar de vinho numa espécie de abrigo debaixo de umas rochas, o Lagar da Gruta. Não deixa de ser interessante apreciar estruturas destas, mas dada a sua invulgar localização ainda mais interessante foi.
O grupo fez várias paragens ao longo da caminhada, para se reagrupar. Concordo com este procedimento. Era um passeio, não uma prova de velocidade.
Depois de caminharmos algum tempo pelo termo entrámos na aldeia de S. Pedro Velho. Junto às primeiras casas estava mais uma fonte de mergulho, a Fonte do Outeiro.
Passámos junto ao cemitério e subimos à Capela do Divino Senhor do Calvário. Foi pena este espaço não estar aberto, porque ainda estivemos aí durante algum tempo parados.
Descemos pelo escadório para a Rua do Calvário. Seguimos ao longo da estrada durante algumas centenas de metros. O objetivo era visitar um morangal e, como já é tradição, experimentar a sensação de colher morangos (e comer, é claro). Anualmente um produtor disponibiliza o acesso aos seus morangos permitindo comer e colher uma pequena caixa de morangos. Penso que foi por causa desta apanha dos morangos que havia muitos participantes crianças. A percurso também não era muito longo e muitas das crianças fizeram-no sem dificuldade.
A entrada na plantação de morangueiros foi uma alegria! Os frutos "gordos" e coloridos fizeram brilhar os olhos de entusiasmo. A vontade de comer morangos ficou rapidamente satisfeita e cheia a caixa que nos foi distribuída, custou mesmo virar as costas e deixar tantos frutos saborosos ainda pendurados nas plantas. O colorido era fantástico e soube-me melhor fotografá-los de que come-los, por estranho que pareça.
Voltámos ao centro da aldeia, onde estava quase montada a Feira dos Morangos e do Vinho. Não parámos, fomos visitar uma plantação de framboesas, não muito distante. As plantas não tinham flores nem frutos e pouca atenção mereceram dos participantes na caminhada. O melhor foi a possibilidade de provar a compota de framboesa e comer um bom pedaço de pão acabadinho de cozer. O mesmo que tínhamos visto no forno em Vilar D'Ouro. Depois de uma caminhada de mais de 6 km soube mesmo bem! Não gosto muito de compotas, mas deliciei-me.
Também fui curioso verificar que ao longo dos cursos de água havia muitos jarros em flor! Fiquei sem saber se cresciam espontaneamente ou se eram plantados. Também não fazia ideia que cresciam tão bem mesmo dentro de água!
Não tivemos muito tempo para ver a feira. Fiz uma passagem rápida pelo espaço, mas apenas comprei pão fresco, não na feira mas numa padaria próxima. O autocarro já estava à espera para nos trazer de volta a Mirandela.
Esta primeira experiência de caminhada no concelho de Mirandela foi muito interessante. Tudo era novo para mim, as pessoas, os locais e a organização. Achei estranho não ser fornecida nem uma garrafa de água, mas eu vou sempre prevenido. Até o "almoço" levei, porque tinha intenção de passar todo o dia À Descoberta do concelho.
Dentro das possibilidades vou tentar participar noutros eventos, semelhantes a este ou não. Complementados com os meus passeios em solitário, são uma boa forma de ir conhecendo pequenos pedaços do concelho, que se está a revelar bem mais heterogéneo do que o que eu estava à espero.
O traçado do percurso da caminhada foi feito após a caminhada e de memória, pode não ser totalmente coincidente com o que foi feito no dia 11, mas penso que sim.